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Costumbres de los pueblos nativos
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Las machis (Mapuches)
Machi é a pessoa encarregada dos rituais religiosos dos Mapuches (gente da terra na língua mapudungun), é a autoridade religiosa e protetora do povo. Os mapuches localizam-se na região centro-sul do Chile e sudeste da Argentina. As machis geralmente são mulheres mas também podem ser homens; a machi ou o machi é escolhido a partir de certas características da pessoa como coragem e caráter mas também, por sonhos que indiquem que é a/o escolhida/o, herança, família ou por possuir poderes (conhecimentos) de cura. É a través da cerimonia chamada Machiluwun que a ou o machi é escolhida/o. A foto mostras as machis no começo do século XX curando uma pessoa.

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Los códices (Aztecas)
Os códices astecas são livros escritos pelo povo asteca antes e depois da chegada dos espanhóis. São divididos em dois períodos: os pre-colombianos e os coloniais. Os pre-colombianos como o códice mostrado nesta imagem, eram escritos pelos sacerdotes astecas e eram pictóricos (escritos com imagens). Os códices coloniais já tem inscrições em língua náhuatl, espanhol e latim. Estes códices são uma fonte inestimável de informação sobre a cultura asteca pre-colombiana e colonial. Existem poucos códices pre-colombianos já que foram destruidos pelos conquistadores e os religiosos por considerá-los perigosos para conseguir a conversão dos povos nativos ao catolicismo.

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Avati Kyry (Guaraníes)
O Avati Kyry (a festa do milho novo, verde) é realizado nos meses de fevereiro/março para agradecer a colheita. Em tempos passados, a cerimônia era realizada durante um mês; nos diasatuais, é realizada em um final de semana. O ritual é conduzido pelo ñanderu, lider religioso quem abençoa o kãguy (uma bebida fermentada de milho) e começa o mborahéi puku (canto longo) no entardecer. O mborahéi puku é composto por versos que não podem ser interrompidos e são repetidos pelos membros da comunidade que os acompanha ao som da mbaraka (chocalho) e do takuapu (uma especie de tacape para acompanhar o ritmo).

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El piache (Wayuus)
Os Wayuus são um povo indígena que habitam a península de La Guajira (NE da Colômbia e NO da Venezuela), por isso também são conhecidos como "guajiros". El piache, que pode ser homem ou mulher, é aquele/a que possui a capacidade de intermediar entre o mundo espiritual e da realidade, cumprindo a função entre outras de curandeiro/a. Para ser piache, a pessoa deve passar por um ritual de iniciação que provará se tem ou não poder para ser o xamã do clã. Os wayuus só tiveram contato com os espanhóis no século XVI mas conseguiram manter sua autonomia graças a seu espírito guerreiro. Para meados do século XIX, os governos da Venezuela e da Colômbia uniram-se para sometê-los mas apesar de tudo, os wayuus conseguiram manter uma certa autonomia que foi recentemente reconhecida oficialmente por ambos países.

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Inti, el Rey Sol (Incas)
Os Incas adoravam o Sol. Ele era chamado de "servo de Viracocha", quem tinha criado o mundo. O imperador inca era considerado o representante do Inti na terra e por isso era considerado "filho de Inti". Os Incas ofereciam ouro e prata para ele em templos espalhados por todo o imperio; também existiam as acllas do sol, mulheres que serviam ao Deus-sol ao longo da vida e possuiam grande beleza. As múmias do imperadores incas eram colocadas no maior templo ao Sol do imperio que ficava na capital, Cuzco. Na atualidade, é celebrado no Perú o Inti Raymi (Festa do Sol) todo 24 de junho que na era incaica, dava começo ao solstício de inverno e ao ano "circular". Embora tenha perdido muito da sua versão original, é uma prova da influência incaica na região andina.

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Jurakan, o deus dos ventos fortes (Taínos)
O povo taino era o povo que morava na ilha de Guanahaní, a primeira ilha americana à qual Colombo chegou um 12 de outubro de 1492. Os tainos se dividiam em cinco territórios com um cacique no poder. Os guerreiros eram os de maior prestígio na sociedade taina e costumavam entrar em guerra com os vizinhos caribes com frequëncia. Eram monoteístas embora acreditassem em diferentes entidades que moravam na natureza. Acreditavam no espírito chamado Jurakan, que trazia as tormentas tropicais e era responsavel pelos fenômenos meteorológicos violentos típicos da região do Caribe. A palavra "huracán" (furacão em espanhol) vem de Jurakan. Ele era o deus dos ventos fortes e acredita-se que para os tainos, Jurakan representava o mal, assim como o diabo o representa na fé católica. Os taínos foram dizimados pelos conquistadores através da escravatura, as doenças e a mestiçagem forçada (muitas mulheres tainas foram tomadas por esposas pelos conquistadores). Hoje, o povo taíno sobrevive nos parentes deles, como os wayúu e os anú.

*A imagem foi tomada de Authentic Maya.
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La enea (Añu)
O povo Añu (pessoas da àgua ou pessoas do mar) tem seu lugar no mundo em Venezuela, no estado de Zulia que inclui a famosa Maracaibo. Os añu desenvolveram sua cultura baseada no meio ambiente no qual prosperaram até a chegada dos colonizadores. Os homens se dedicam à pesca e à agricultura e as mulheres ao tecido com enea, uma planta que cresce na região. Graças a esta atividade, são reconhecidos pela sua cestaria. A enea também é utilizada para o tecido de vestimentas e ornamentações diferentes. A enes também é utilizada para o tecido de tapetes que formam as paredes das moradias típicas deste povo: as palafitas, casas construidas sobre estacas de madeira muito utilizadas nas zonas alagadiças, como na Amazônia ou o Pantanal no Brasil.

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Mictlán, el inframundo (Mexicas)
Os mexicas (ou astecas) foram um povo mesoamericano (que morava na região de México, Guatemala, Belice, Honduras, Nicaragua e Costa Rica) cujo desenvolvimento social, cultural e econômico deu lugar a um dos maiores impérios que a America viu. Os mexicas tinham uma religião que misturava todas as crenças de diferentes povos que foram se incorporando aos mexicas e era de grande complexidade. A natureza e o mundo espiritual andavam juntos mas não sem uma explicação racional por detrás de ambos.
Mictlán para os mexicas era o submundo onde as pessoas que morriam de morte natural ou doenças que não tivessem uma razão sagrada ou espiritual e era composto por nove infernos; cada inferno era um desafio para os mortos que buscavam chegar até o último, o nono, para depois de quatro anos (que era o tempo que o morto, se não se perdia no caminho, demorava em chegar até o final do caminho) ficar frente a frente com o senhor e a senhora da morte, Mictlantechtl e Mictecacíhuatl.
